Muitos abandonam o tratamento por falta de recursos, mas empresas podem subsidiar medicamentos

Casos de afastamento do trabalho por problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade, triplicaram no Brasil nos últimos 10 anos, de acordo com dados do Ministério da Previdência. Em 2024, foram mais de 307 mil casos, enquanto em 2015 foram 90 mil. Uma situação que, além de afetar diretamente a vida do doente, também provoca impactos nos negócios das empresas e para a economia como um todo.

Para combater a doença, o paciente pode ser encaminhado para sessões de psicoterapia, além de tomar medicamentos. No entanto, nem todos seguem o tratamento como deveria. De acordo com uma pesquisa com 3,4 mil pessoas de todas as regiões do Brasil realizada pela plataforma Doctoralia, que conecta pacientes a médicos, 19,7% dos entrevistados afirmam que já interromperam o tratamento por falta de recursos financeiros.

Para Luiz Monteiro, presidente da PBMA – Associação Brasileira das Empresas Operadoras de Planos de Medicamentos, os programas de subsídios de medicamentos ajudam os funcionários a seguirem de forma correta com o tratamento indicado. “São descontos que podem chegar até 100% do valor do remédio, o que impediria muitos brasileiros de abandonar o tratamento por não ter condições de arcar com os custos”, afirma.

Monteiro conta que o PBM já é aceito em uma ampla rede de farmácias (mais de 40 mil em todo o país) e, caso o subsídio não seja de 100%, o restante do valor vem descontado na folha de pagamento do funcionário. “É um benefício oferecido aos colaboradores, mas que se reverte em benefício para a própria empresa, que reduz a taxa de absenteísmo e melhora sua produtividade, entre outras vantagens em contar com uma equipe saudável”, conclui o presidente da PBMA.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos por ano devido a problemas de saúde mental, gerando um custo à economia global de cerca de US$ 1 trilhão.

Sobre a PBMA – Criada em 2011 com o objetivo de disseminar conhecimento sobre os programas de subsídio de medicamentos e sobre a importância da adesão aos tratamentos medicamentosos, além de gerar conexões entre áreas de Recursos Humanos, Indústria e Varejo farmacêutico visando apoiar a gestão holística da saúde. A PBMA é composta pelas três maiores empresas do segmento: ePharma, Funcional Health Tech e Vidalink. No Brasil, os planos de medicamentos podem oferecer subsídios de até 100% nos medicamentos, abrangendo tanto os de referência, quanto similares e genéricos.

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