O Programa de Benefício em Medicamentos (PBM) é uma ajuda significativa para pessoas com menor renda. Isso porque, de acordo com dados da mais recente Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), apresentada pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, entre 2017 e 2018, as despesas com saúde representaram cerca de 6,5% dos gastos dos lares brasileiros, e a compra de medicamentos chegou a comprometer mais de 70% do orçamento de famílias com renda mensal de até dois salários-mínimos.

“Portanto, subsidiar parte do valor que os funcionários gastam na compra de remédios, com contribuições que podem chegar a até 100% do valor, é um benefício que acaba se revertendo para a própria empresa. Redução do absenteísmo e uma equipe mais disposta e produtiva são apenas alguns dos impactos positivos que o PBM pode resultar dentro das companhias”, diz Luiz Monteiro, presidente da PBMA – Associação Brasileira das Operadoras de Plano de Medicamentos.

Ele conta que, atualmente, o país tem mais de 300 empresas que já oferecem PBM para seus funcionários, com uma população de aproximadamente 2,5 milhões de beneficiados. E que mais de 40 mil farmácias estão ligadas ao programa, alcançando 90% dos municípios brasileiros. “Com o reconhecimento cada vez maior que as organizações estão tendo sobre as vantagens de oferecer PBM a seus colaboradores, estimamos que até 2030 esses números cresçam, em média, 20% ao ano”, afirma Monteiro.

O PBM surgiu nos Estados Unidos na década de 1970 e foi implantado no Brasil há cerca de duas décadas. No entanto, ainda não tem o mesmo alcance que se observa por lá. Entre outros fatores, pela falta de reconhecimento das vantagens que ele traz. “Vale ressaltar que há estudos que indicam que para cada R$ 1 investido na área da saúde, o retorno é de R$ 1,61 para o Produto Interno Bruto (PIB) e de R$ 1,23 na renda das famílias”, conclui Monteiro.

Sobre a PBMA – Criada em 2011 com o objetivo de disseminar conhecimento sobre os programas de subsídio de medicamentos e sobre a importância da adesão aos tratamentos medicamentosos, além de gerar conexões entre áreas de Recursos Humanos, Indústria e Varejo farmacêutico visando apoiar a gestão holística da saúde. A PBMA é composta pelas três maiores empresas do segmento: ePharma, Funcional Health Tech e Vidalink. No Brasil, os planos de medicamentos podem oferecer subsídios de até 100% nos medicamentos, abrangendo tanto os de referência, quanto similares e genéricos.

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