Entre 2011 e 2021 houve aumento de 26% no número de pacientes vivendo com Diabetes no Brasil. Os dados são do Atlas do Diabetes, e foram divulgados no último dia 6 de janeiro. A doença atinge atualmente mais de 15.7 milhões de pessoas e esse número pode chegar a 22.3 milhões em 2045. 

Ainda segundo o Atlas, o custo estimado do diabetes no Brasil é de 42,9 bilhões de dólares por ano. Nosso país figura em terceiro no mundo em gastos com a doença. Gastam os governos, gastam os pacientes. Ou seja, o problema de saúde pública, se não freado, pode representar também um problema de economia.

O médico endocrinologista e presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes no Paraná (SBD-PR), André Vianna, explicou ao portal “Guia da Farmácia” que por ser uma doença que não apresenta sintomas em sua fase inicial, o diabetes é difícil de ser diagnosticado.

“A alta incidência de casos de diabetes aqui no país está diretamente relacionada à obesidade, já que o diabetes tipo 2, responsável por mais de 90% dos casos de diabetes no mundo, surge com o acúmulo da gordura abdominal”, afirmou o médico André Vianna.

Aumento

E o cenário é cada vez mais favorável ao desenvolvimento da doença. É o que o estudo “A Epidemia de Obesidade e as DCNT – Causas, custos e sobrecarga no SUS“ comprova: até 2030, 68% dos brasileiros estarão com sobrepeso e 26% serão obesos. No Brasil, a prevalência do excesso de peso foi de 42,6%, em 2006, para 55,4% em 2019. A obesidade, por sua vez, saltou de 11,8% para 20,3% neste mesmo período. 

“No Brasil, isso ocorre porque a alimentação de baixa qualidade acaba sendo mais barata e, consequentemente, mais acessível para parte da população. Além disso, há a falta de atividade física e sedentarismo, o que contribui para o excesso de peso, podendo resultar em um quadro de diabetes 2”, diz Vianna.

A nova edição do Atlas estima que só no Brasil cerca de 5 milhões de pessoas não saibam que estão com diabetes, isso equivale a 32% da população com a doença. A explicação? É que a diabetes tipo 2 não apresenta sintomas na maior parte das vezes, podendo permanecer por anos silenciosa, prejudicando as chances de um diagnóstico precoce. 

Outros fatores que influenciam no desenvolvimento da doença são a rápida urbanização, transição epidemiológica, transição nutricional, crescimento e envelhecimento populacional e, também, a maior sobrevida dos indivíduos com diabetes.

Cuidados

Por vezes, a doença só se mostra mediante complicações decorrentes. A longo prazo, poderão surgir doenças cardíacas, hipertensão, acidente vascular cerebral, comprometimento da visão ou cegueira, problemas renais, comprometimento de nervos, periodontite, gengivite, amputações e complicações na gravidez.

A recomendação médica é de que pessoas com mais de 40 anos façam o exame de glicemia anualmente para a identificação da diabetes. Para os que apresentam um quadro de obesidade e/ou excesso de peso, o ideal é iniciar os exames ainda mais cedo.

Medicamentos

O paciente diagnosticado não deve começar ou interromper medicamento algum sem prescrição, além de sempre controlar o nível de açúcar no sangue. O caráter crônico da condição também pede o uso regular dos remédios. Se o paciente é beneficiado por um Plano de Medicamentos, ele tem seu histórico registrado, e conta com padronização de preços dos remédios de que necessita. 

Outras recomendações médicas são o acompanhamento do paciente com um nutricionista, além do alerta sobre a influência do tabagismo, que pode provocar estreitamento de veias e artérias. Esses cuidados também podem ser orientações de farmacêuticos.

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