Cigarro eletrônico continua a ser proibido no Brasil
A venda, importação e publicidade dos cigarros eletrônicos é proibida no Brasil desde 2009 e, na última semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reiterou a posição. A entidade manteve a proibição dos vapes, como são popularmente conhecidos, no país, com um posicionamento definido em votação unânime de seus diretores, aprovado em reunião extraordinária realizada no começo do mês de julho.
Os vapes são um produto do tabaco, que levam nicotina na composição. A diferença é que, nele, a nicotina é ofertada por meio da vaporização, por meio da sua diluição em uma substância chamada propilenoglicol.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), todas essas substâncias são tóxicas e irritantes, e podem provocar dermatite e enfisema pulmonar, além de câncer e problemas cardiovasculares. Além disso, o vape pode ser responsável por inflamação na gengiva, abscessos, perda dos dentes, perda óssea e mau hálito, dentre outras complicações para a saúde bucal.
Na reunião da Anvisa, a diretora e responsável pelo tema, Cristiane Rose Jourdan Gomes, apresentou alguns resultados de uma Avaliação de Impacto Regulatório (AIR) sobre o cigarro eletrônico. Entre os principais fatos, está o de que o uso do produto não é útil para tratar o tabagismo ou parar de fumar. Tudo não passa de uma falácia.
De acordo com pesquisadores da área, os riscos do vaper não são menores que os oferecidos pelo cigarro comum, e seu uso leva a uma maior chance de desenvolver problemas respiratórios, como falta de ar, chiado no peito e broncoespasmo mesmo entre os usuários com pouco tempo.
Agora, a Anvisa deve lançar uma consulta pública à sociedade sobre o uso dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), além de discutir pontos como a fiscalização da venda.
Se você é fumante e deseja parar com a prática, o mais recomendado é procurar um médico e seguir as orientações de tratamento adequadas a seu caso. O cigarro eletrônico não é caminho!