Fevereiro Roxo: Diagnóstico tardio é entrave para início de tratamento
Você sabia que cerca de 70% dos pacientes com Alzheimer não são diagnosticados ou, quando são, estão nas fases mais avançadas da doença? Esse dado é da Alzheimer Disease International (ADI).
O mês de fevereiro foi escolhido para a Campanha Fevereiro Roxo que tem como objetivo trazer à tona a importância de nos preocuparmos com os sinais que a memória nos dá: “Muitas vezes, os sintomas são atribuídos ao processo normal do envelhecimento e, desta maneira, atrasando em muito o início do tratamento. Portanto, a campanha Fevereiro Roxo é de fundamental importância para que a população em geral valorize as queixas de memória e assim reconheça os sinais mais precoces da doença”, explicou o geriatra Dr. Mauro Roberto Piovezan ao Portal Guia da Farmácia.
Esse é justamente o maior objetivo da campanha: chamar a atenção da população para o diagnóstico dessas doenças ainda na fase inicial. Descobrindo o Mal de Alzheimer precocemente, seus sintomas manifestados podem ser retardados ou, ainda, inibidos. De modo geral, o Fevereiro Roxo é uma oportunidade de refletirmos sobre uma melhor qualidade de vida aos pacientes acometidos por estas patologias.
De acordo com a Alzheimer’s Association, no Brasil, mais de 1 milhão de pessoas vivem com alguma variação de demência. Em todo o mundo, onde registra-se o aumento da longevidade em diversos países, ainda de acordo com a associação, são pelo menos 44 milhões de pessoas com doenças do tipo.
Para o Ministério da Saúde, a Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, além do comprometimento progressivo das atividades de vida diária. O primeiro sintoma é a perda de memória recente. Sintomas mais graves vão aparecendo com a progressão da doença.
O Alzheimer não possui uma forma de prevenção específica, neste caso recomenda-se manter a cabeça ativa e uma vida social movimentada a bons hábitos. Pode ser tratado pelo psiquiatra, geriatra ou por um neurologista. Há também o tratamento medicamentoso, a fim de se minimizar os distúrbios do quadro.
Os impactos gerados por esse quadro clínico vão muito além de apenas na saúde, sendo enfrentados também nos níveis econômicos e sociais, atingindo, também, toda a família destes indivíduos. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem propiciar uma redução da progressão do comprometimento cognitivo, do comportamento e da realização das atividades da vida diária.
Referências: