Polifarmácia, ou uso diário de vários medicamentos, está associada a vários riscos para a saúde
O termo parece estranho, mas a polifarmácia é mais comum do que imaginamos. A expressão se refere ao uso diário de vários medicamentos, que é a realidade de várias pessoas que, por exemplo, são portadoras de doenças imunossupressoras. Além disso, os idosos também costumam estar nesse perfil. A realidade é que o uso de mais de 5 comprimidos por dia está associado a vários riscos para a saúde. Estudos recentes têm examinado os benefícios de intervenções para reduzir a polifarmácia, bem como as doenças que tendem a estar associadas ao uso de vários medicamentos.
Certas doenças geram mais polifarmácia do que outras, e determinadas populações com essas doenças têm ainda mais probabilidade de tomar vários medicamentos por dia. Um estudo publicado no portal MedsCape constatou que pacientes com 65 anos ou mais e com o vírus da imunodeficiência humana (VIH) tomam significativamente mais medicamentos, além dos antirretrovirais, em comparação aos pacientes com VIH entre 50 e 64 anos de idade.
A esclerose múltipla é outra doença na qual a polifarmácia é preocupante. De acordo com o estudo publicado no Medscape, dos 627 pacientes com esclerose múltipla que tomavam em média 5,3 medicamentos cada, cerca de 1 em 25 tiveram alguma interação farmacológica potencialmente grave e quase dois terços tiveram pelo menos uma interação farmacológica potencialmente arriscada.
O controle da dor é outra área de preocupação com a polifarmácia. A dorsalgia, especificamente a dor relacionada com a coluna em pacientes mais velhos, é uma causa comum do uso de medicamentos com e sem prescrição médica. Inclusive, os idosos têm maior risco de polifarmácia, mas estão longe de serem os únicos.
É dentro desse cenário que cada vez mais os especialistas buscam alternativas para existir protocolos de intervenções apropriadas de medicamentos, sem quadros de pioras para os pacientes e garantindo uma longevidade mais segura. Os perigos do uso de vários medicamentos cada vez mais entra no debate de interesse público.
Assim, é necessário estar sempre atento para o uso de medicamentos e a real necessidade de cada um. O acompanhamento frequente com médicos e profissionais de saúde se faz necessário para que os tratamentos medicamentosos sejam de fato assertivos. Cuide-se!