Quando a distância se fez necessária, em razão da pandemia de Covid-19, uma alternativa foi determinante para a continuidade da atenção em saúde: a Telemedicina

A prática deste modelo foi liberada pelo Ministério da Saúde até o fim da pandemia, em caráter excepcional. No entanto, seus benefícios podem ser a prova de que a modalidade tenha vindo para ficar.

Pesquisa com a base de clientes da American Society for Quality (AsQ), empresa de soluções em saúde dos Estados Unidos apontou que 85 mil teleconsultas foram realizadas com médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde no ano de 2020. Ainda segundo o levantamento, 90% dos pacientes afirmaram que utilizariam o serviço novamente.

Os índices revelam crescimento também no Brasil: de acordo com uma pesquisa realizada pela  iDTech Cetisign, a assinatura digital de receitas médicas no país cresceu 1.230% em 2020.

Por aqui, nas esferas científica e política, o futuro da prática ainda é razão de debates, com as atuações da Comissão de Saúde Digital (da Associação Médica Brasileira – AMB) e da Frente Parlamentar de Telessáude, respectivamente.

Além da Telemedicina, a Comissão de Saúde Digital tem o objetivo de ser referência em pautas como ferramentas de gestão, inteligência artificial, processamento em nuvem, prontuário eletrônico, segurança da informação e Internet of Medical Things (IOMT).

A Comissão acredita que há carência na capacitação de profissionais da área. A AMB, por sua vez, defende a garantia da liberdade ética do médico no âmbito do atendimento virtual, cabendo a ele avaliar a necessidade da modalidade presencial para a primeira consulta.

Desse modo, as visões de entidades médicas convergem-se no entendimento de que a necessidade de se discutir a Telemedicina só cresce, sobretudo em um país com dimensões continentais e com tamanhas desigualdades sociais.

Com todas essas transformações, a prática traz, ainda, outra vantagem: com ela, serviços presenciais de saúde, mesmo após a pandemia, tendem a se descongestionar, mantendo a capacidade de fornecer serviços a pacientes com Covid-19 ou que sofrem de doenças agudas e crônicas.

FONTES –

https://www.saudebusiness.com/mercado/90-dos-usurios-de-telemedicina-voltariam-utilizar-o-servio-aponta-levantamento-da-asq

https://brasiltelemedicina.com.br/artigo/telemedicina-apos-pandemia-como-sera/

https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2020/09/o-que-falta-para-telemedicina-avancar-no-brasil-e-quais-seus-beneficios.html

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