O uso controlado de medicamentos deve ser respeitado e seguir fielmente as orientações médicas. É o que aponta os resultados de um levantamento da Sociedade Europeia de Cardiologia. A interrupção no uso de um ou mais remédios prescritos para pacientes com insuficiência cardíaca está por trás de 30% dos casos de piora da síndrome. O estudo levou em consideração casos de 51 hospitais públicos e privados de 21 cidades do Brasil.

O levantamento feito pela instituição apresenta também números ainda mais alarmantes. Isso porque, de acordo com o trabalho, cerca de 50% dos pacientes com a síndrome não recebem orientações sobre o uso correto de sua medicação. 

Além do abandono dos remédios, infecções foram responsáveis pelo agravamento do quadro em 23% dos casos, seguidas de arritmias cardíacas (12,5%) e aumento da ingestão de água e sódio (8,9%). A taxa de mortalidade identificada pela pesquisa foi de 12,6%, índice que supera o dobro do encontrado em registros americanos e europeus.

A média de idade dos pacientes foi de 64 anos, com 73% acima dos 75 anos e 60% mulheres. As causas mais frequentes da diminuição das funções cardíacas foram doença nas artérias coronárias (30%), hipertensão arterial (20%), dilatação cardíaca (15%), doença das válvulas cardíacas (12%) e doença de Chagas (11%). O estudo envolveu um acompanhamento de pacientes entre 2011 e 2012.

A insuficiência cardíaca é uma das principais causas de internação hospitalar entre os sul-americanos, tendo sido, em 2020, conforme dados do DataSUS, do Ministério da Saúde, a causa de 27.775 óbitos em todo o País. Cuide-se!

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